Greta Garbo.
Com as mãos trêmulas de frio e nervosismo, sob uma chuva inclemente, ela trancou o portão de ferro do cortiço e atravessou a rua. Pequenina, oculta sobre a imensa capa de chuva, mais o guarda-chuva, parecia mesmo uma Chapeuzinho Vermelho pós moderna. Mas a capa era preta, o guarda-chuva também e seu destino não era uma inocente visita à vovó, embora houvesse o lobo _aliás, muitos lobos! _uma alcateia inteira! Podia ouvir seus uivos soarem e vibrarem nos paralelepípedos sob seus pés. Porém, era mais fácil estes vibrarem por conta do peso dos Ford e Mercedes, que passavam apressados jogando água.
Seguiu pela calçada. Se esquivava dos olhares, apressava o passo. As mãos cruzadas sobre o colo, frio e ansiedade se uniam à uma culpa difusa. Parou diante da rude porta de madeira e bateu com a mão tremendo. Uma janelinha tosca é aberta para o lado e dois olhos atentos, invasivos e ameaçadores, surgem.
_O que quer? _pergunta uma voz áspera de homem.
_Vim para a ceia!... _respondeu com a voz trêmula.
Ouviu estalos de trancas e a porta se entreabriu. Uma nesga de luz amarela se projetou rua afora.
_Entre! _respondeu a voz rude.
Ela adentrou a porta e esta se fechou imediatamente atrás dela. O imenso negro, como de costume, a olhava de cara feia.
_Vá se vestir, os convidados já estão chegando!
Ela apenas balançou positivamente com a cabeça. Os grandes olhos assustados mirando de esguelha o gorila que lhe falava. Seguiu então para o camarim, que estava quente e seco e, para sua sorte, vazio. Abriu a capa, revelando a bolsa que trazia à tira-colo. Livrou-se de tudo que a cobria, jogando no chão. Pegou uma das toalhinhas brancas dobradas sobre a penteadeira e apressou-se em ir para o chuveiro. Após o ligeiro banho, perfumou-se e pôs o pequeno vestido preto. Curtíssimo! Tomara que caia. Vestiu a pequena lingerie estilizada e depois as meias, que prendeu à cinta-liga. Calçou os sapatos de salto alto, prendeu a gargantilha ao pescoço. Não esqueceu dos brincos e depois penteou-se com cuidado. Passou gel, partiu do lado e deixou seu cabelo curto, até o pescoço, com o charme francês que a caracterizava. Maqueou o rosto, caprichando no lápis e no rímel. Por fim, passou o batom. Deu um beijinho para o espelho e sorriu. Estava pronta!
Dirigiu-se então para o feioso corredor. Respirou fundo antes de transpor a porta para o salão. Já ouvia a música e o burburinho dos convidados. Entrou cheia de charme e com passos firmes. As mãos na cintura, o olhar entre o tédio, o desdém e uma luxúria tácita. Caminhou pelo salão, observando os senhores de smoking, suas risadas, seus cigarros e suas mãos fortuitas nos corpos das colegas de trabalho.
_Babiiii!... _gritou uma voz estridente e conhecida.
Sorriu imediatamente e foi até seu gordo, calvo e velho conhecido, senador Frederico! Este já a puxou para o colo, alisando seus braços, costas e coxas. Ela não se fez de rogada, há muito não se assustava com esta atitude invasiva.
_Vejo que o senador está bem alegre esta noite, presumo que queira algo especial. _provocou com sua voz doce e sensual.
_Ora, ora, menina. Mal chega e já me acende as chamas do pecado! _responde o gordo senador, abrindo um largo e luxurioso sorriso.
_Claro! Não vale à pena vir aqui para pecar pouco! _responde mexendo os ombros e sorrindo cheia de malícia, já tomando a taça de champagne do senador e levando-a aos lábios.
_Sua pequena diabinha!... _extasiou-se ele.
Para esquentá-lo logo, ela ofereceu;
_Quer que eu dance?
_Agora mesmo, minha pequenina!
Ao som de uma elegante e sensual canção, ela abraçou-se como se sentisse frio e começou a requebrar cadenciadamente. Olhava para ele com seus grandes olhos lânguidos, os lábios provocando num beijinho. Ergueu os braços, olhou para o próprio corpo balançando-se ao som da música. Empinou-se para trás, ressaltando o traseiro, que apesar de ela ser pequena, era privilegiado. Pegando nos joelhos, dançava fazendo biquinho, olhando para ele. O senador sorria e babava, como de costume. Já estava preso à sua rede.
Quando a música acabou ela foi até ele e disse o de sempre no ouvido. Ele estremeceu, como de costume. Ela lhe ofereceu a mãozinha e ele se apoiou na bengala para erguer o gordo e pesado corpo. Seguiram para o salão e subiram as escadas para o andar de cima. Lá chegando, a velha Marlene lhes deu as chaves do quarto. Ela falou então algo no ouvido da velha e esta simplesmente balançou a cabeça positivamente. Entraram no quarto e como de costume, ela sentou-se no colo do senador e os dois se espocaram em beijos. Ele, como sempre, apalpando tudo o que tinha direito de seu corpo.
Não tardou para que batessem na porta. Ambos sorriram e ela levantou-se para abrir. Alice entrou magra, loira e com seu tradicional rosto de domadora de feras. Vestia um jaleco branco de médico. Bateu a porta atrás de si e desferiu um tapa no rosto de Babi, que caiu sobre a mesinha gritando, de bumbum para cima:
_Aah!...
Alice desferiu-lhe então dois tapas _indo e voltando com a mão _no traseiro e esbravejou:
_Sua menina desavergonhada! Já disse para não trazer seus amigos para dentro de casa!
_Aa-eeii, mãe!... _chorou Babi em resposta.
Com força, suspendeu o curtíssimo vestido de Babi, mostrando sua pequena e ousada lingerie preta, contrastando com sua pele branca. Desferiu-lhe outra forte e sonora palmada no bumbum, deixando-o vermelho.
_Sua vadia! Vai aprender agora!
_Aaai, mãiiiim!... _gemeu Babi novamente.
Com as mãos como garras, Alice arriou a lingerie de Babi até os joelhos. Os pelos negros da vulva se insinuaram ao fundo de suas coxas. Alice tirou então do bolso do jaleco duas finas luvas cirúrgicas. Tirou também um tubo de gel. Abriu, espremeu e besuntou bem as mãos. O senador se ajeitou á beira da cama, babando, os olhos arregalados e os lábios caídos. Com delicadeza, Alice passou um pouco de gel nos fundinhos de Babi.
_Huummm... _gemeu esta, fazendo carinha de menina chorosa.
Alice então deslizou dois dedos para dentro de seus lábios venais, metendo até o fundo. Meteu e tirou, enquanto Babi gemia.
_Huumm... Uuuiii, mãiiiim... Huuummm...
O senador abriu as calças e pôs o pequeno e gordo membro para fora. Começou a excitar-se enquanto Alice deslizava o polegar para entre as nádegas de babi. Meteu até o fundo do furinho e Babi gemeu chorosa:
_Aaaaiiiimmm... Sssss-uuuuhhh... Huummm...
_Toma, sua menininha safada! _respondia Alice.
Em seguida, ordenou:
_Agora tira essa vestido de puta! Tira, que eu tô mandando!
Babi se ergueu da mesinha, tirou o vestidinho, requebrando o corpo provocativamente e mostrou-se vestida apenas pelas meias, saltos e cintas ligas. Alice ordenou novamente:
_Deita na mesa, arreganha essas perninhas, sua vadia!
Babi obedeceu e Alice a arreganhou ainda mais. Logo em seguida, abocanhou seu sexo com vontade.
_Sssss-aaaahhh!!!... Aaaahhh!... _gemeu Babi fechando os olhos.
O senador quase quebrou a cama, enlouquecido. Alice passava a língua vertiginosamente entre os lábios sexuais de Babi. Esta gemia e se contorcia em êxtase. Massageava os seios, jogava a cabeça de um lado para outro e chupava a ponta do dedinho.
_Huummm... Hummm...
O senador urrava vendo a cena. Alice parou então de lamber e deteu-se em meter e tirar os dedos do sexo de Babi.
_Isso! Geme sua putinha! Aprende! _provocou.
Baibi suspirava, já excitada. Porém, antes que ela gozasse, Alice parou. Ordenou então:
_Vira! Vai, vira essa bundinha pra mim!
Babi virou-se prontamente, empinando-se bem. Alice caiu entre suas nádegas, lambendo com tal volúpia que Bai gritou:
_Aaaaaaahhh!!!...
Derretendo-se de excitação, Babi começou a rebolar sensualmente, enquanto Alice se servia dela à vontade. Erguendo-se então, rapidamente, Alice introduziu dois dedos na vagina de Babi e o polegar em seu cuzinho, ao mesmo tempo. Com outra mão, desferia-lhe palmadas na bundinha branca.
_Sssss-toma! _Pah! _Sua putinha! _Pah! _Aprende, sua piranha! Só quem pode te comer sou eu! Ouviu, sua putinha! Quem manda em ti sou eu! Tua dona sou eu, ouviu! Aprende!...
_Aaaaiiimm... Mãiiiiimm... Aaaaahhh!... _"chorava" Babi, rebolando freneticamente.
De repente, num solavanco, quase derrubando a mesa, gozou:
_Aaaaaaaaaaaaahhh!!!... _gritou alto.
Quase tendo um ataque cardíaco, o senador ejaculou, urrando, no tapete do quarto. Babi desabou sobre a mesinha e Alice parou seu "castigo". Dez minutos depois, como se nada houvesse acontecido o senador passava gordas notas para as duas garotas. As duas pegaram "famintas" no dinheiros. Despediram-se então, trocando dois delicados beijinhos com o senador e desceram apressadas. Uma hora depois, estavam em um bar de esquina, conversando.
_Estás indo bem, pequenininha. _comentou Alice com certo tédio, virando o copo de cerveja nos lábios.
_É o costume. _respondeu Babi, com um lânguido, lúbrico e charmoso olhar de tédio, virando a cerveja nos lábios.