Marcelo Farias
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
RECONCILIAÇÃO
Marcelo Farias
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
A três
Naquela noite estávamos mais excitados e apreensivos do que nunca. Clovis e eu éramos casados há dois anos e sempre gostamos de nos aventurar e já há algum tempo pensamos na possibilidade de levar mais alguém pra cama conosco. Já tínhamos conversado e decidimos dos dar mais esse prazer – mais para ele do que pra mim, de início, já que optamos por uma mulher e eu nunca tinha tido interesses sexuais em uma.
Estávamos numa boate enquanto esperávamos a moça que tinha sido muito bem recomendada por um casal de amigos nosso. Ela chegou pontualmente na hora acertada e ficamos por conversar e beber por um bom tempo. Admito que eu me senti enciumada quando vi aquele mulherão sentar-se conosco. Seus cabelos loiros e cumpridos como os meus, e combinados com seus olhos amendoados lhe davam uma aparência muito sensual. Depois que já estávamos todos um pouco altos, resolvemos ir para um motel e nos divertir.
Eu e meu marido começamos com nossos joguinhos cheios de mãos. Ele me tocava e eu o retribuía, até que encontramos a cama e ele me encontrou de pernas abertas e provou de mim com sua língua molhada me fazendo gemer. De longe, numa poltrona, nossa acompanhante nos observava e começava a se tocar, me olhando como se quisesse ficar no lugar do meu marido. Eu gozei pela primeira vez e Clovis se pôs sobre mim e começou a me penetrar com força, como eu gostava, me fazendo gritar e a nossa espectadora gemer.
- Vem com a gente - diz o meu marido
Silenciosamente ela se levantou da poltrona, e eu pude admirar seu corpo por inteiro. Ela veio até mim, tocando meus seios com sua língua e acariciando a minha barriga, descendo lentamente até encontrar o meu grelo e ficou ali roçando o seu dedo, depois encontrou a minha boca e a invadiu com a sua língua, que eu acariciei, mordi e chupei com prazer. Clovis se deleitou com a cena e adorou mais ainda quando ela se pôs de quatro sobre mim para lhe fazer um oral enquanto era a minha vez de penetrá-la com a língua ao mesmo tempo em que continuava a me tocar. Depois disso dividi o pênis do meu marido com ela num oral duplo entre nossos beijos molhados. De repente ela parou e se deitou na cama de pernas abertas pra mim e sem dizer uma única palavra eu fui até ela. Deslizei meu corpo sobre o seu até encontrar a sua boca e beijá-la novamente. Me pus de quatro e meu marido começou a penetrar o meu anus sem pena, enquanto nossa convidada se inclinava para mim, acariciando minha vagina, beijando minha boca e descendo suas carícias até me morder pelo pescoço. Eu também a tocava e gozamos os três juntos.
Depois disso, virei adepta incondicional do sexo a três e meu marido sempre agradece isso.
SABÃO
_Vamos... fazer mais?...
_Não é melhor ficar só no beijo...
_Já viêmos até aqui...
Sem mais palavras tiraram as roupas... Quase sem perceber estavam com as vulvas se roçando... Sentíam as coxas uma da outra... A maciez da pele... Os pêlos... Os sexos deslizavam com aquele sabãozinho que deles brotava... Foi quando elas entederam o sentido de "fazer sabão"...
O perfume, misturado com o suor de seus corpos enchia o quarto, apesar do ar condicionado. Os corpos tremiam. Ora apoiavam os cotovelos na cama, ora se largavam deitadas... Em um momento de cumplicidade... deram-se as mãos e seguraram com firmeza... para que os sexos praticamente se colassem. Os lábios vaginais de ambas se beijavam, como elas fizeram antes com suas bocas...
O gozo chegou primeiro para uma... a outra foi pouco depois...
Deitaram-se... e em suas cabeças só vinha, em frases diferentes, a mesma questão: "_Pronto.. fizemos... aconteceu!..."
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
NECESSIDADE...
Percebi que a necessitava não apenas por necessidade física ou carnal, mas sim porque a amava e doía cada parte do meu corpo só em imaginar outro homem com ela como eu estive. Eu a amava, isso era fato, e precisava ser dito.
Decidi então que não importaria o que ela pensaria ou faria quando eu dissesse a ela a verdade sobre mim: um apaixonado arrependido.
A noite antes cinzenta e estrelada agora se fazia chuvosa e ríspida, e mesmo assim fui bater a porta de minha doce Isabela, para lhe jogar as minhas palavras no chão a sua frente, e esperar que sejam chutadas de volta. Apenas sorri quando a vi abrir a porta e dar-me espaço para entrar todo encharcado.
_ O que faz na chuva? – quis saber.
_ Precisava ver você.
_ Isso não é hora. Está tarde e chovendo.
_ Não podia esperar, e além do mais, não chovia quando saí de casa.
_ O que não podia esperar?
_ O que tenho pra dizer.
_ Pois diga, e seja rápido.
_ Eu amo você. Pode me odiar, achar que eu sou um sedutor barato que usa as mulheres só pra se divertir, mas eu amo você.
_ E o que espera que eu faça diante disso? Quer que eu diga “eu te amo também e não agüentava mais de tanta saudade”, ou quer que eu esqueça o que você fez comigo? Acha que foi fácil?
_ Não faço idéia de como se sentiu, mas posso afirmar que eu estou pior. Está sendo agonizante pra mim todo esse tempo sem ao menos te ver. E eu temo você estar com outro alguém agora. Tremo de pensar em outro homem te tocando.
_ Como se você não tivesse tocado em outras vadias.
_ Não como toquei você.
_ Você não presta, realmente não presta. Vai embora!
_ Isa! Me escuta! – fui até ela e a segurei pelos braços e a fiz parar e me olhar – Não vai adiantar nada eu tentar tirar você da minha cabeça, e nada mais foi igual, nem chegou perto de como foi com a gente. Eu só penso em você, em como está, com quem, e onde. Só posso estar amando você. – disse tudo isso aproximando meu rosto do seu.
_ Isso não é verdade – disse ela me olhando fixamente nos olhos.
_ Deixe-me provar – aproximei meu rosto ao seu deixando lado a lado, mordiscando o lóbulo de sua orelha.
_ Pára. Pare com isso, Felipe. – disse ela, quase sem fôlego – você só quer sexo, e nada mais.
_ Eu só quero você, não agüento mais.
_ Isso tudo é mentira – disse ela enquanto tentava me afastar de si em vão – Você só quer sexo agora e depois mais nada.
_ Você, só você – eu dizia enquanto beijava seu pescoço e a fazia perder o fôlego – Deixa eu te mostrar.
_ Não... Pára!
_ Isa, só dessa vez, deixa eu... – eu dizia baixinho enquanto beijava seu pescoço e lhe fazia carícias – Eu sei que você quer, e não tem problema em querer. Eu amo você.
Então finalmente encontrei seus lábios quentes com os meus e lhe beijei como se minha vida dependesse disso. A senti puxar a gola da minha camisa enquanto retribuía meu beijo, me puxando mais ainda para junto de si.
Era como voltar a viver. Beijar seus lábios doces e rosados novamente. Ela puxava e acariciava meu cabelo molhado, intensificando ainda mais o beijo. Até que ela simplesmente parou e apenas juntou nossas testas, ainda me puxando pela camisa.
_ Não posso. Não sabe como foi difícil pra mim – disse ela de olhos fechados.
_ Também não foi fácil pra mim. Você pode sim, você quer, eu quero. – enquanto eu falava, ela negava com a cabeça – Ei, olhe pra mim – ela me olhou, implorando por verdade com seus olhos escuros e eu passei meus dedos por sua bochecha de pele macia – Eu te amo.
Ela não sorriu, e nem disse “eu também”, ela apenas continuou a me olhar nos olhos, séria e decidida, e então voltou a me beijar. Tirei meus sapatos molhados e fui nos guiando por um caminho que já conhecíamos.
O quarto tinha apenas a luz do abajur acesa e fazia seus olhos ficarem mais escuros e sedutores. Tirei minha camisa molhada com sua ajuda e joguei no chão próximo a almofada do gato. Meu corpo estava frio e molhado, enquanto o seu quente e macio. Precisava sentir seu corpo no meu. Continuei beijando seus lábios enquanto ela abria meu jeans e eu descia as alças da sua camisola fazendo-a cair no chão e deixando-a apenas de calcinha da minha frente. Eu a abracei e a senti estremecer pelo contato com meu corpo gélido.
Meus beijos começaram a descer pelo seu pescoço, onde senti seu cheiro floral, como o de um jardim florido em que uma criança brinca, e desceram ainda mais sobre sua pele macia até encontrar colo e seios, quentes e saborosos, fazendo com que minha boca os envolvesse com beijos e carícias com a língua que a fizeram respirar mais ofegante.
A deitei na cama e continuei a lhe chupar os seios, até que desci os beijos até a sua barriga fazendo-a se arrepiar e soltar baixos gemidos. Enquanto alternava meus beijos entre seios e barriga, tirei sua calcinha e lhe toquei a vagina, a sentindo molhada e quente. Comecei a lhe incitar no clitóris e vez ou outra penetrando um dedo meu em sua intimidade. Isso a fazia gemer e perder o fôlego.
Ela me puxou ao encontro dos seus lábios e eu tirei minhas últimas peças de roupa, pronto para penetrá-la.
Enquanto chovia lá fora e se ouvia os trovões, dentro do quarto só se podia ouvir nossos gemidos e respirações entrecortadas enquanto eu a penetrava e ela mantinha suas unhas cravadas nos meus ombros.
Era incrível vê-la de cima. Seu cabelo loiro esparramado no lençol branco da cama, o suave balançar dos seus seios enquanto eu a penetrava, suas bochechas suadas e rosadas, seus olhos negros, turvos e sensuais.
Sem sair um segundo sequer de dentro dela, inverti nossas posições e olhá-la de baixo também foi incrível. Sua boca entreaberta enquanto gemia, suas unhas vermelhas arranhando levemente meu peito enquanto se apoiava, o balançar mas rápido dos seus seios enquanto cavalgava. Coloquei minhas mãos no seu quadril incitando-a a continuar a cavalgar no meu pênis, quando ela se curvou mais pra frente me olhando nos olhos enquanto seu cabelo passeava pelo meu rosto me fazendo sentir seu cheiro floral. Minhas mãos subiram e encontraram os seus seios novamente. Ela jogou o seu cabelo para trás e eu pude ver suas bochechas mais rosadas ainda.
Me sentei, passando minhas pernas ao seu redor enquanto minha boca substituía as mãos, fazendo com que Isa chegasse ao clímax pouco antes de mim. A abracei forte, e acariciei seu rosto suado e beijei sua boca sedenta ardentemente. Nos abraçamos ali mesmo enquanto recuperávamos o fôlego.
Sussurrei “eu te amo” novamente em seu ouvido seguido de uma leve mordida na orelha.
Nos deitamos e eu a aconcheguei no meu peito, apenas sentindo seu corpo no meu, quando ela sussurrou “eu também”, de volta. Eu sorri a meia luz e dormimos tranqüilos com Guli, o gato, aconchegado aos nossos pés, na cama.
Larissa Baker