quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A BOA MENINA

















Beatriz saiu do colégio e foi direto pra casa, como de costume. Do escritório para o colégio, com pausa só para almoçar, lhe moía. Chegando, tomou banho e foi direto jantar. Na mesa, turbante de toalha sobre a cabeça, mastigava e bebia coca-cola sem nenhuma elegância. Vendo a novela, comentou para a mãe e a irmã:
_Essa menina é muito burra, quando que eu ía confiar em amiga.
_Nada a ver, Bia! _contesta a irmã menor.
_Psi! Cala a boca vocês duas, deixa eu ver minha novela!... _corta a mãe.
Beatriz termina a janta. Lava os pratos na pia e vai para o quarto. Passa meia hora para lá e depois reaparece vestida para sair. Blusa, calça jeans, sandalinha, mochila nas costas.
_Mãe, vou estudar lá na Larissa.
_Vê se não volta tarde.
_Tá. Beijo!...
Sai, pára, olha o relógio, são 19:47. Tinha de estar em casa antes da meia noite. Caminha até a parada e pega o primeiro para o centro. A viagem como sempre enfadonha e chacoalhante na rabeira do ônibus. Põe de imediato os fones no ouvido e clica na primeira música de sua seleção. Cerca de dez minutos e está no centro, na parada em que vai saltar. Se levanta e salta. Em meio ao empurra-empurra da descida, pensa o de sempre: "A gente não salta do ônibus, a gente foge! Merda!"
Atravessa a rua e segue para seu destino. O letreiro em neon lhe dá boa noite. No seu banquinho à porta, seu Martins também a cumprimenta:
_Boa noite, minha linda!
Ela solta um beijinho para ele e responde:
_Boa noite, amor!
Entra pela discreta, porém chic porta de duas abas, com janelinhas redondas, e sente o ar-condicionado lhe envolver. O tapete vermelho já estava sobre o assoalho de ripas de madeira encerada. Segue para o camarim. Lá, apenas Katarine se arruma. Cantarolando um sucesso popular, comenta:
_E ai, Bia!... Chegando agora? Já ía entrar na tua frente.
_Entra lá, vou tomar banho de novo. _responde se abanando.
Entra no pequeno banheiro, tira a roupa e sente a ducha lhe tirar o stress do ônibus do corpo. Depois, com calma, se perfuma, faz a maquiagem, veste o longo vestido azul _aberto ao lado, desde o início da coxa esquerda _ acetinado, decotado, de alcinhas e costa nua, e calça as sandálias de salto Luís XV, amarradas por tiras nas pernas, até os joelhos. Levanta, vai até o corredor, abre a cortina carmesim e acena para o dj, dizendo apenas com o movimento dos lábios: "A próxima sou eu!". De boné e fone nos ouvidos, Serginho ergue o polegar em resposta. Sobe então a escada atrás do palco e espera o anúncio. Não demora, Serginho anuncia.
_E agora, com vocês!... Mariana!!!
Beatriz entra. Agora é Mariana! Ao som de Straight To Number One, caminha sensual pelo longo palco, mãos na cintura. Os cabelos molhados, caindo em madeixas onduladas e selvagens. Os olhos maquiados mirando suas "vítimas" ao redor do palco. Se encosta no primeiro ferro. Desce e abre as pernas. A platéia vibra. Suas coxas grossas e roliças, besuntadas de gel transparente e reluzente, hipinotizam os que chegam pela primeira vez. O fundo de uma pequena lingerie também azul e acetinada se mostra. Ela rodopia e se empina, rebolando sedutoramente. Mais gritos. Promessas de casamento. Ela olha com o canto do olho, como se desprezasse quem falou. Deixa o primeiro ferro e caminha rebolando até o segundo. Se apoia no mastro e desce rebolando lentamente, ao som da música. Um senhor idoso lhe estende a mão. Ela sorri, se abaixa e se aproxima dele. Lhe oferece então a mãozinha mimosa e ele a beija, pondo depois as mãos sobre o coração. Ela sorri para ele e agradece. Segue e contorce o corpo, enlouquecendo a plateia. Por fim, a primeira música termina.
A segunda música, Butterfly, do Crazy Town, já faz o fundo, enquanto ela desce o curto zíper, de um palmo, na base das costas. Abre as pernas, o vestido cai e desnuda até a cintura. Ela se remexe, olhando provocativamente para trás, a cara de menina má. O vestido termina de cair. Uma lingerie se perde entre suas poderosas nádegas. A platéia urra. Ela rebola ao ritmo da música. Sabe que sua linda, farta, empinada e voluptuosa bunda é seu forte. Por isso, a empina e, com as mãos abertas como garras, desfere fortes e sonoras palmadas no traseiro generoso: Pah! Pah! Pah!... O sorriso "mau" no rosto lindo de princesa. A platéia delira.
Se põe então de quatro, se empina, baixando o corpo, encostando os seios até o chão. Depois, faz o movimento inverso e rola sobre o chão. O corpo lâguido recebe o toque das mãos famintas da platéia. Ela se deixa tocar. Seus seios médios são tomados pelas mãos maiores, que os apertam e massegeiam, com fome. Em seguida, rapidamente roda para o lado e se ergue. Segura no mastro e se empina, desce rebolando. Levanta ao rítimo da música e fecha as pernas. Em seguida... vai baixando a lingerie lenta e sensualmente. A platéia assiste babando o fino tecido sair de entre suas nádegas. Ela escorre a lingerie lentamente, até os calcanhares. Seus cabelos se derramam e ela olha com seu sorriso de menina má para a platéia. Como uma polpuda fruta dividida ao meio, sua vulva se mostra.
Num movimento rápido, puxa a lingerie e joga para o senhor idoso. Ele a cheira e beija. Está completamente nua. A platéia perde o equilíbrio quando ela, se põe de joelhos e desce as costas. Abre as pernas e mostra bem a vulva volumosa, coberta apenas por uma fina tira de pelinhos bem aparados. Para enlouquecer mais suas "vítimas", deixa as bordas propositalmente espinhentas, com os pontinhos escuros dos pelos crescendo e ferindo a alma dos espectadores.
Se move de novo e se põe à borda do palco. Abre bem as pernas e puxa a cabeça de uma "vítima" enlouquecida. Pega sua latinha de cerveja, joga o líquido dourado sobre os seios e ele escorre pela barriga, até o sexo. O cativo se farta!... Se alimenta de seu sexo como se nada mais existisse para se viver. Ela ri, malvada. O empurra de volta então. Ele diz uma besteira, agradecendo aos céus. Ela então se põe de quatro à beira do palco. E puxa o rosto de outro incauto, que perde o semblante entre suas nádegas. Ela rebola e ri. A platéia aplaude e grita.
Por fim, detecta no outro lado do palco, uma "intrusa"!... Mais uma daquelas chatas de classe média, que entram em "lugares proibidos" _cheias de desejo! _só para "avaliar" e "julgar" as "coisas horríveis" que fazem por ai. Decidiu então condená-la! "_Veio para o inferno, é para se queimar!", pensou perversa. Sem que ninguém espere... rola pelo chão e cai bem na frente da "intrusa". Abre bem as pernas, mostrando exatamente aquilo que ela quer ver (mas não assume!). A "intrusa" se assusta. Sorrindo malvada, puxa sua mão direita e a passa sobre o corpo suado, exalando perfume. A esfrega sobre seus seios, sua barriga, suas coxas, por fim... sobre seu sexo. A "pobre vítima" fica de boca aberta, pasma, sem saber o que fazer. Ela então a puxa pela cabeça... e enfia seu rosto entre as pernas. A faz a lhe dar prazer!...
_Tssssssssss!!!... Isso!... Lambe!... Chupa!... Chupa gostoso!... Tssss!... Isso! Prova!... Sente o gosto!... _a humilha, enquanto mexe sensualmente.
Depois se põe de quatro... e mergulha o rosto da "intrusa" entre as nádegas. A platéia enlouquece!... Ela rebola e se delicia...
_Tssssssss!!!... _sibila entre os dentes, feito serpente pecaminosa, enquanto a língua quente e molhada da outra, mexe dentro do furinho entre suas nádegas...
Por fim, num movimento rápido, volta ao centro palco e, antes do fim da música, se retira dando "tchauzinho" para a platéia... É hora de voltar para a casa, tem de acordar cedo no dia seguinte e voltar a ser boa menina.

Nenhum comentário:

Postar um comentário